12 janeiro 2016

Jesus no Lar, em oração

Jesus no Lar recebi de Natal de minha amada sobrinha. Minha primeira sobrinha. Ela é espírita. Eu, católico, porém, leio e me identifico muito com a doutrina espírita. Todos no Evangelho de Jesus Cristo.

O livro tem diversas parábolas que Chico Xavier psicografou, de reuniões que Jesus fazia com os seus discípulos, demonstrando a diferença e a sua enormidade diante de nós, naquele tempo. A obra é Chico Xavier, pelo Espírito Néio Lúcio.

Abaixo posto a oração de Jesus, linda e sua plenitude, compaixão e amor ao próximo. Uma linda oração para todos os dias, em sua casa. E, aqui, segue o link do livro em PDF, JESUS NO LAR

Na véspera da partida do Senhor, no rumo de Sídon, o culto do Evangelho, na residência de Pedro, revestiu-se de justificável melancolia. As atividades do  estudo edificante prosseguiriam, mas o trabalho da revelação, de algum modo, experimentaria interrupção natural. A leitura de comoventes páginas de Isaías foi levada a efeito por Mateus, com visível emotividade; entretanto, nessa noite de despedidas ninguém formulou  qualquer indagação. Intraduzível expectativa pairava no semblante de todos.  

O Mestre, por si, absteve-se de qualquer comentário, mas, ao término da reunião, levantou os olhos lúcidos para o Céu e suplicou fervorosamente:

 —  Pai, acende a Tua Divina Luz em torno de todos aqueles que Te olvidaram a bênção, nas sombras da caminhada terrestre. 
“Ampara os que se esqueceram de repartir  o pão que lhes sobra na mesa farta.
 “Ajuda aos que não se envergonham de ostentar felicidade, ao lado da miséria e do infortúnio. “Socorre os que se não lembram de agradecer aos benfeitores. 
“Compadece-te daqueles que dormiram nos pesadelos do vício, transmitindo herança dolorosa aos que iniciam a jornada humana. 
“Levanta os que olvidaram a obrigação de serviço ao próximo. 
“Apieda-te do sábio que ocultou a inteligência entre as quatro paredes do  paraíso doméstico. “Desperta os que sonham com o domínio do mundo, desconhecendo que a existência na carne é simples minuto entre o berço e o túmulo, à frente da Eternidade. 
“Ergue os que caíram vencidos pelo excesso de conforto material.
 “Corrige os que espalharam a tristeza e o pessimismo entre os semelhantes.
 “Perdoa aos que recusaram a oportunidade de pacificação e marcham disseminando a revolta e a indisciplina. 
“Intervém a favor de todos os que se acreditam detentores de fantasioso  poder e supõem loucamente absorver-te o juízo, condenando os próprios irmãos. 
“Acorda as almas distraídas que envenenam o caminho dos outros com a Esclarece os que se perderam nas trevas do ódio e da vingança, da ambição transviada e da impiedade fria, que se acreditam poderosos e livres, quando  não passam de escravos, dignos de compaixão, diante de teus sublimes desígnios.
“Eles todos, Pai, são delinquentes que escapam aos tribunais da Terra, mas estão assinalados por Tua Justiça Soberana e Perfeita, por delitos de esquecimento, perante o Infinito Bem...” 

A essa altura, interrompeu-se a rogativa singular. Quase todos os presentes, inclusive o próprio Mestre, mostravam lágrimas nos olhos e, no alto, a Lua radiosa, em plenilúnio divino, fazendo incidir seus raios sobre a modesta vivenda de Simão, parecia clamar sem palavras que muitos homens poderiam viver esquecidos do Supremo  Senhor; entretanto, o Pai de Infinita Bondade e de Perfeita Justiça, amoroso e reto, continuaria velando...-

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