Um jardim na Feira do Livro de Santa Maria

Foto de capa da fanpage da Feira do livro de Santa Maria. Curta!

Pois então. Ontem estive na Feira do Livro de Santa Maria, minha amada Santa Maria. Foi uma passada meio rápida para um leitor como eu, mas necessária... para um leitor como eu. Quem adora ler e vive o mundo mágico do ler, sabe o que estou dizendo. 

Peregrinei pelas bancas, mas muito mais pelos saldos. Sim. Nas livrarias temos à disposição livros novos, somos tragados, devorados e meio que cegados pelos lançamentos que acabam tirando o foco, muitas vezes, de livros clássicos, esquecidos, perdidos, abandonados. Olhar as caixas de saldos não quer apenas dizer que são baratos, muito pelo contrário. É ali que encontramos, muitas vezes, surpresas, livros antigos, clássicos que você adoraria ler mas não se lembrava mais. E, assim, a festa se completa.

A respeito da feira, eu não fui à sua abertura, que se realizou no último sábado. Fui apenas ontem, dia que pude. Acho que pode até ser um engano meu, talvez uma avaliação pobre de minha parte, mas acho que a Feira está devendo um pouquinho. Há editoras que não vieram, e isso deixa a nossa Feira um pouco aquém das expectativas. Mas acho que como tudo é cíclico. E, também, cada um faz a sua feira. É como na vida: de escolhas.

Destaque para a Feira do Livro de Santa Maria, deste ano, é a enorme procura pelo livro Jardim Secreto. Este livro virou febre e eu acho isso muito interessante e também bastante sintomático nos nossos atuais dias. Numa sociedade que está perdida diante de tanta tecnologia, corrupção, falta de virtudes, dentre tantas outras coisas, um livro anti-estressante vem muito bem à calhar, pois dá nome e vez à paz que o sujeito precisa, naturalmente, uma vez que o homem se resume assim: corre, corre, corre, faz de um tudo, quer fazer tudo e a toda hora e, no final, acaba voltando ao começo e buscando a calmaria. E depois tudo de novo. Por isso, pra mim, Jardim Secreto faz duas coisas muito importantes: levar as pessoas ao livro, às livrarias, e acalmar as almas.

Diante de tudo que escrevi, já valeu a pena a Feira deste ano. Se bem que em se tratando de livro, tuuuuudo vale a pena.