Pois é... como eu era antes de você

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Já pensou em acordar todas as manhãs e poder apenas abrir os olhos, mexer a boca, bocejar, não mais do que isso? Já pensou em acordar pela manhã e precisar da ajuda de alguém para levantar da cama? Já pensou em acordar todas as manhãs e lembrar que você não caminha mais e nem nunca mais na vida jogará seu futebol, nem fará sua caminhada, mesmo que até seu banheiro, algo assim?

 

Muitas vezes na vida, e não são poucas, nem serão poucas, queixamos-nos daquilo que temos e do que poderíamos ter. Mas deve ser muito desagradável, talvez tenham muito mais palavras para descrever, queixar-se daquilo que você tinha e gostaria de ter de novo. E não tem. Muitas vezes, atingimos o cume de nosso egoísmo e apenas olhamos para o nosso umbigo, apenas para os nossos problemas e dane-se os outros.

 

Certo que cada uma é cada um. Que fique claro isso. Que também fique claro que todos, sem exceção, temos nossos problemas. Certo, também que o seu problemas, pelo meu viés, pode ser pequeno, e o meu, que acho grande, pequeno pra você. Pra você ver que cada um com seu cada qual. Clichê muito bem empregado aqui.

 

E, sinceramente, diante de uma sociedade - eu e você fazemos parte dela, não fuja disso - preconceituosa, demagógica e hipócrita, ter uma certa limitação, ou ser diferente daquilo que a sociedade chama de "normal", é muito complicado. Estamos no ano de 2013, quase 2014 e a acessibilidade a quem tem uma deficiência é uma total falta de respeito. O que é um verdadeiro absurdo. Tenha um problema em nossa sociedade e, pronto... as pessoas não sabem lidar. Admito que nosso país não está preparado nem para ser um país, imagine para lidar com a diferença.

 

Enfim, o que acima abordei, vai ao encontro do livro que acabei de ler: Como eu era antes de você. Will e Clark, dois adoráveis personagens, ambos com seus problemas. Ele, somente mexe a cabeça, e parte de um dos braços. Após um acidente, fica tetraplégico. Ela, desempregada, com uma questão importante mal resolvida, autoestima baixa, mas bela e divertida. Combinam eles na ironia que faz você rir e, ao mesmo tempo, chorar. Confesso que eu não chorei, mas que o nó na garganta veio, ah, se veio. Sabe, ainda tenho aquela coisa de "homem não chora", mas eu choro, viu. Só não chorei no livro, mas me emocionei em toooooodas as páginas.

 

Raiva, amor, dúvida, dificuldade, sofrimento, carinho, afeto, enfim, uma infinidade de sentimentos que navegam nas palavras e frases de um livro rico... rico em lições de vida e aprendizados. Um romance e tanto, que passa longe dos clichês (que eu adoro... obrigado... de nada) e para na sua frente (Alguém escreveu para mim no Instagram - IG - que leu o livro em oito horas... sim, oito horas).

 

Demais seguidores que também sigo IG, escreveram que choraram litros... outros, que a história é muito triste. Sim, triste pra caramba. Quer saber o final? Rá! Vai ler o livro. Vai comprar o livro. Tenho certeza que não irá se arrepender. Compre AQUI

 

Como sempre faço, e não será diferente, não conto nada do livro, praticamente. Meu blog, o "Leitura" tem como um dos objetivos, e talvez o maior deles,  deixar aqui na tela o que eu sinto. E eu senti tudo isso no livro. Como eu era antes de você me fez pensar: pois é... como eu era antes de você, livro? Me fez pensar isso.

 

Por fim, diante das diferenças que o mundo nos apresenta, tenho pra mim que Deus, além de todas as coisas que criou nesse lindo mundo, se concretiza no vácuo que há entre a diferença de um para o outro. Até porque não existe nada igual no mundo. Nada!

 

Um grande beijo e uma ótima leitura. Depois me conte.

Até!