28 agosto 2013

No silêncio que em minha leitura não há, crio meu filme

No silêncio ao ler um livro eu... não, não tem silêncio nenhum. Na verdade, o silêncio é percebido por algum espectador, alguém que me enxergue lendo. Mas, para mim, não há silêncio.
Aqui, as vozes e os sons, viram um caos
 
Nesse silêncio que para mim não há, ouço as vozes dos personagens, suas pigarreadas - inclusive, até as sinto e faço, por vezes - hahaha. Louco, né? Sim, e por um acaso quem lê e ama ler não é um pouco louco? (loucura boa, viu). Escuto os diálogos e os gritos. Vejo as paisagens, observo as flores, os campos, as estradas. Escuto os passos nas escadas. Sinto o cheiro dos chás, dos cafés. Observo o repousar das colherinhas após mexer do açúcar na bebida quente. Vejo e tento imitar - sim, eu tento - os trejeitos e das formas de olhar. O balé das sobrancelhas. Sinto o beijo. Os lábios. A boca. O olhar.
 
No silêncio que em minha leitura não há, crio meu filme, através dos sons, das imagens, das paisagens, dos rostos, das roupas, dos automóveis, das estradas, das casas, do grupo de amigos, do futebol na rua, da alegria das crianças, e também seu sofrimento. De tudo. Crio tudo. E destruo. E reconstruo.
 
No silêncio que não há no meu filme que é, e não é, mudo, escuto. Até demais!
 
Até!
Cleuber Roggia ;)

2 comentários:

  1. Ler um livro no silêncio é teletransportar—se para o mundo que ali está narrado, mundo este barulhento e agitado cheio de vida e movimento uma experiência sem igual.
    Muito bom o blog, virei fã.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Poxa, meu amigo. Muito obg. É isso mesmo. Um mundo e tanto. E ainda um colega fã, tudo em casa. Abc forte!

      Excluir