21 outubro 2014

Entre olhos de botões e gigantes de gelo

Rapidinho, li dois livros de Neil Gaiman. Well, quem me acompanha no Instagram já deve ter percebido que sou fã dele. Siiiiim! Como adoro literatura fantástica, ler as fábulas de Neil é algo mais do que prazeroso. Ler Neil é acessar a infância, as histórias e estórias do tempo de cada um. E assim foi ler CORALINE e ODD e OS GIGANTES DE GELO.

O primeiro, Coraline, traz os conflitos infantis de uma menina que se sente deixada de lado pelos pais. Na verdade, é deixada de lado. A partir disso, é levada via seu conflito a vislumbrar, desejar e viver num mundo paralelo, numa fantasia que a põe de frente para consigo mesma e, com isso, elaborar, buscar e tentar dar conta dessa falta que sente de uma presença mais aproximada dos pais.

Coraline tem um terror leve, nada de mais, entretanto, é assustador, de certa forma, imaginar os habitantes do mundo paralelo, fabuloso de Coraline, terem, sobre seus olhos, botões costurados. Horripilante!

Já, Odd e os Gigantes de Gelo, apresentam, na minha avaliação, a dificuldade de enfrentamento da morte/perda do pai e da perda do movimento normal de uma de suas pernas, por parte de um garoto que luta para poder lidar com tudo isso. Além disso, tem de enfrentar a discriminação de seu estereótipo manco, bem como ter de carregar (sendo bem irônico), apesar de tudo isso, um sorriso avassalador e que acaba dando a ideia de antipático para os demais. Na verdade, seu sorriso é visto pelos outros como uma afronta, ou seja: como pode alguém, desse jeito, sorrir assim? Ah, pois é. Aqui, cabe uma colocação minha: infelizmente, para alguns, nosso bom humor ou felicidade, não é nada bom. Mas...

Com as leituras acima, chego à terceira obra de Neil Gaiman, pois li o adorável O OCEANO NO FIM DO CAMINHO, um livro e tanto que sou apaixonado.

Desnecessário dizer que recomendo os livros desse autor que nos faz ir e voltar, passear e andar, correr e parar, viajar e viver em instâncias de lá da infância e daqui, do momento de cada um.

PS.: entendo que cada pessoa tem um entendimento próprio de livro que lê. Portanto, cada um tem uma visão e tira, ou não acrescenta para sua vida, algo do livro. Eu, como canso de dizer, gosto de sentir o livro, viver a história e tentar sentir o que os personagens sentem. Meio louco? Sim. Cada um com sua loucura.


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