04 fevereiro 2014

Quando as circunstâncias definem vidas

O Silêncio das Montanhas é um romance nostálgico, de certa forma. Ambientado, digamos assim, no século passado, nas primeiras décadas e, mais tarde, nas décadas além de 1950, traz a história de dois irmãos que foram separados logo no início de suas vidas, pouquíssima idade, mas tempo suficiente para não se esquecerem um do outro, nem deixar de se amar.

Vidas separadas, portanto, num Afeganistão que viveu a invasão russa, o terrível e sem cabimento Talibã, enfim, todos os problemas de uma sociedade fanática em sua religião e que mata e morre por ela. Claro, é um romance, nada de narração de fatos reais, entretanto, que mostra claramente os problemas sociais enormes devidos aos problemas políticos e religiosos. Isso sim é bem real.

Um livro de amor, de amor de irmãos, de separação, de destinos traçados, mudados, de vidas e escolhas realizadas, mas que carregaram a cada dia o amor do pai aos filhos e o amor destes ao pai. A propósito, de amores sobrevive o romance de Khaled Hosseini. Bom, talvez sobrevive seria até um disparate meu, mas está escrito. Na verdade, vive de amores que entrelaçam os protagonistas com os demais personagens, entre as idas e vindas da e na vida, e na memória que nunca foi esquecida.

O autor é o mesmo de O Caçador de Pipas e A Cidade do Sol, que ainda não li, mas que dispensa apresentações. Portanto, quem ainda não leu, eu recomendo. O livro eu senti, por vezes meio triste, talvez seja coisa minha. De certa forma o livro dói. Uma separação de irmãos que define a vida de ambos, com um final... ahá! Deixa pra lá, leia você o livro e me conte.

Se você gosta de romance, leia. Você vai gostar.

Eu adorei o livro e muito mais ainda porque foi me dado com carinho por uma pessoa muito especial. :D


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