Um trecho que amo:
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"Haverá os que não conseguem nem sentar nem deitar, mas só podem falar caminhando. Haverá os que devem ficar silenciosos durante semanas para se convencerem de que não é proibido calar-se. Haverá os que querem vir de vez em quando porque não toleram uma obrigação em suas vidas. Haverá os que somem durante semanas a cada vez que você viaja, porque não podem se impedir de punir quem os abandonou. Haverá os que querem vir a cada dia para sentir o cheiro de uma presença amiga. Haverá os que não falam, mas perguntam o que você acha, porque precisam ouvir sua voz, e pouco importa o que você dirá. Haverá os que se irritam porque você não os abraça e os que não aguentam ser tocados". (Cartas a um jovem terapeuta, reflexões para psicoterapeutas, aspirantes e curiosos. Ed Alegro)
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Aproveitando que tenho uns dias de férias, resolvi dar uma olhada na minha estante e "passear" por alguns títulos já lidos e outros a serem lidos. Apesar de estar mais em casa, tenho lido menos do que quando estou em atividade, ou seja: faço o que não faço. Isso não quer dizer que eu não estou clinicando. Na verdade, estou de férias de minhas atividades no Exército. Se bem que exército nunca está de férias. Mas na clínica estou trabalhando, graças a Deus.
Pois bem, voltando aos livros, eu vou falar um pouco de cada um aqui. E hoje será sobre o seguinte:
Cartas a um jovem terapeuta é um livro muito especial, pois, como sou psicólogo, ele me auxiliou e auxilia muito no meu trabalho clínico. Ainda mais porque foi escrito por nada mais, nada menos que Contardo Calligaris, um dos mais renomados psicanalistas do país. A leitura do livro é fácil, bonita e leve. Calligaris escreve com humildade e com continência, aquela que a gente deve dar ao paciente, em qualquer momento. Se eu recomendo? Óbvio que sim, muito mais, é claro, aos acadêmicos de psicologia e, principalmente, aos leitores aqui do blog e do IG.
O trecho acima é maravilhoso.
PS.: serão dois posts por dia.
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