Rapidinho, li dois livros de Neil Gaiman. Well, quem me acompanha no Instagram já deve ter percebido que sou fã dele. Siiiiim! Como adoro literatura fantástica, ler as fábulas de Neil é algo mais do que prazeroso. Ler Neil é acessar a infância, as histórias e estórias do tempo de cada um. E assim foi ler CORALINE e ODD e OS GIGANTES DE GELO.
O primeiro, Coraline, traz os conflitos infantis de uma menina que se sente deixada de lado pelos pais. Na verdade, é deixada de lado. A partir disso, é levada via seu conflito a vislumbrar, desejar e viver num mundo paralelo, numa fantasia que a põe de frente para consigo mesma e, com isso, elaborar, buscar e tentar dar conta dessa falta que sente de uma presença mais aproximada dos pais.
Coraline tem um terror leve, nada de mais, entretanto, é assustador, de certa forma, imaginar os habitantes do mundo paralelo, fabuloso de Coraline, terem, sobre seus olhos, botões costurados. Horripilante!
Já, Odd e os Gigantes de Gelo, apresentam, na minha avaliação, a dificuldade de enfrentamento da morte/perda do pai e da perda do movimento normal de uma de suas pernas, por parte de um garoto que luta para poder lidar com tudo isso. Além disso, tem de enfrentar a discriminação de seu estereótipo manco, bem como ter de carregar (sendo bem irônico), apesar de tudo isso, um sorriso avassalador e que acaba dando a ideia de antipático para os demais. Na verdade, seu sorriso é visto pelos outros como uma afronta, ou seja: como pode alguém, desse jeito, sorrir assim? Ah, pois é. Aqui, cabe uma colocação minha: infelizmente, para alguns, nosso bom humor ou felicidade, não é nada bom. Mas...
Com as leituras acima, chego à terceira obra de Neil Gaiman, pois li o adorável O OCEANO NO FIM DO CAMINHO, um livro e tanto que sou apaixonado.
Desnecessário dizer que recomendo os livros desse autor que nos faz ir e voltar, passear e andar, correr e parar, viajar e viver em instâncias de lá da infância e daqui, do momento de cada um.
PS.: entendo que cada pessoa tem um entendimento próprio de livro que lê. Portanto, cada um tem uma visão e tira, ou não acrescenta para sua vida, algo do livro. Eu, como canso de dizer, gosto de sentir o livro, viver a história e tentar sentir o que os personagens sentem. Meio louco? Sim. Cada um com sua loucura.
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