Viva a rede, não sobreviva nela

O Orkut morreu. Acabou-se. Escafedeu-se. Terminou. Foi-se. Já era. Uma pena. Ainda na era do Orkut, surgiu o Facebook. Pronto, agora a coisa vai mudar. E mudança gera resistência, mas é somente no começo. Então, eu, desde 2009, tenho Facebook. Convidei gente pra caramba. Bah! Tenho muitos amigos e amigos no “Feice”. E que legal, tu pode controlar pela rede social quantos vieram pra ela através de ti e de outros. Ok.

Lembro que muitos amigos do Orkut resistiram à nova rede. Uns ainda resistem. Outros não tem mais o primeiro e nem iniciaram o segundo. Cansaram, talvez. Outros tem os dois. Os heróis da resistência (mil perdões pelo jargão), continuam fortes pela rede rosinha. Não estou de sacanagem, a cor oficial da logo do Orkut é rosa. Ah, como eu adorava o Orkut, apesar de algumas coisas chatas que tem na internet. Lembro das comunidades que hoje existem na quase tartaruga Google+. Rede muito boa, mas sem aquele apelo comercial e a história do Facebook.

Enfim, eu percebi que nos últimos dias, para mais de trinta, eu tenho utilizado meio pouco a rede azul. Gosto muito dela. É uma internet dentro de outra internet, segundo os especialistas em Tecnologia da Informação. Infelizmente, tem muita gente que não sabe usá-la. Diria que nem eu sei direito, de tanta tecnologia e modernização que ela te oferece. Agora, percebi que estou ficando meio chateado (e chato, também) com a “orkutização” do Facebook. Sim. Milhares que migraram do Orkut, fazem do “Feice” um Orkut (não é preconceito, é que uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa). É calendário de não sei o que pra cá, joguinhos de não sei o que pra lá. É briguinha de uns com os outros aqui e ali. É loja, bazar, bolicho, boteco, etc, fazendo perfil, ao invés de página (ótima ferramente que tem gente que nem sabe o que é) te convidando para ser amigo. PELAMOR!!! Portanto, chateado, não deixei o Facebook, nem deixarei, apenas comecei a utilizar as ferramentes que ele oferece e a postar meus artigos e algumas opiniões sobre livros. Resultado: quem posta coisas assim, tem um público restrito, até porque o Brasil não tem cultura da leitura. Entendeu? Cultura da leitura. Leitura é cultura. Simples assim. Mas se tu fizer um teste e postar ou compartilhar bobagem – poxa vida! - todo mundo comenta. Posso pensar, então, que o que é de cultura, fica bem que de lado, mas o que é sensacionalista e popular demais em pieguice, vira sucesso. E está aí o mau uso do “Feice”.

Minha opinião (e de milhares) é de que o Facebook está sendo “orkutizado” e, sinceramente, quem “orkutiza” o Facebook tem, sim, vida curta na rede, pois logo enjoa. Pense nisso. Isso é bem complexo e polêmico e sou convicto que muitos pensam assim.

#FICADICA: procure páginas (não perfis) na rede azul e branca. Vai achar muitas de valor cultural imensurável. Não curta por curtir. Não seja “Maria-vai-com-as-outras”, pois isso não muda o mundo. Procure perfis dos amigos e viva a rede, não sobrevida dela.

Até!

;) Cleuber Roggia - #leituradeintervalo