24 março 2014

1808: o que eu achei do livro?

Olha, primeiramente eu vi muitos 1808, de Laurentino Gomes, na Saraiva, em Porto Alegre, empilhados na entrada da loja. Assim, também vi 1822 e 1889. Numa primeira vista eu resisti a comprar, uma vez que achei apelativo. Preconceito meu, certamente. Fui até lá para ver outros títulos. Na verdade, eu queria ler outros livros e li.

Pois bem, 1808 chegou até mim depois de elegante indicação da queridona @_confiserie. Indicação feita, comprei o livro depois de uma maratona em que dois amigos compraram para mim, em Porto Alegre, pois não achei emmSanta Maria. E quando eu quero comprar eu quero comprar, entende?  Assim que chegou, após a leitura da biografia de Saramago, iniciei o livro. Já sabia que era muito boa e minha ansiedade aumentou.

Enfim, todos sabemos da história contada do Brasil, nos diversos livros didáticos de nossas escolas públicas ou privadas. Laurentino Gomes traz, nesse livro, uma ouuuuuutra história. Baseado num estudo categórico e minucioso, bem como em escritos, jornais, publicações, cartas, dentre outros da época, o autor mostra os bastidores da iminência, da falta de do planejamento da fuga de D. João VI e toda sua corte para a colônia portuguesa (corte leia-se burguesia "puxasaquista", parasitas mesmo).

Ficar por dentro da viagem, dos acontecimentos, da água podre devido a demora da viagem até o Brasil, além das dificuldades que a corte passou com a falta de tecnologia para os navios e em todo o mundo, deixa o leitor atento e a imaginar como seria atravessar o Atlântico em navios abarrotados de gente, doenças, piolhos, carne seca, água que apodrecia, e a enfrentar as intempéries.

É importante destacar que o livro discorre vários outros bastidores e o dia a dia na colônia brasileira. A corrupção trazida de Portugal e aliada à corrupção aqui, naquela época, existente é algo que coloca o leitor de frente para a realidade da época, semelhante igualzinha à de hoje. Isso é algo incrível e que Laurentino deixa quem lê muito melhor esclarecido de muitos dos motivos que ainda nos fazem colônia, principalmente o interesse de classes dominantes e o egoísmo exacerbado de nós brasileiros. Isso: nós. Eu, tu, ele, nós, vós, eles.

Portanto, como sempre, falo o que sinto do livro e o que escrevo é o que sinto. Senti-me à vontade e muito bem para a leitura. Ela é instigante e sedutora. Não há como não gostar e nem como não aprender com tanta história baseada em relatos da época. Se você não leu ainda, compre já seu exemplar. Tenho certeza que sua visão mudará muito a partir da leitura de 1808.

Agora, partirei para minha eclética forma de ler. Ao invés de continuar na trilogia, como os famosos 1822 e 1889, vou ler A Queda de Artur, de Tolkien, minha leitura preferida.

Espero que tenham gostado do post e peço desculpas pela demora em atualizar o blog, pois, graças a Deus, meus trabalhos estão me tirando um pouco do meu tempo, mais me dando muito prazer em fazer o que gosto.

Hoje, meu beijo.

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