Romance Amora

Desejá-la era fácil! Era tão simples e descomplicado que dispensava até mesmo a sua presença física. Desejava-a em pensamentos e lembranças; nas bocas e nos corpos das outras mulheres. Desejá-la era inconsciente. O oposto era para ele um exercício árduo e repetitivo. Não desejá-la exigia a sua atenção e constante estado de alerta. Diante dela, toda a sua musculatura doía tesa em cima dos ossos. Não desejá-la era mérito da razão. (contracapa de AMORA)

 

Amor. Paixão. Calor. Risos. Tensão. Indignação. Enquanto eu lia AMORA, romance de Alice Girolamo Canato, senti tudo isso aí. Tem muito mais, mas aí fica para quem ler o livro. E, obviamente, recomendo a obra de Alice.

 

Antes de tudo, quero agradecer aqui no blog, o que já fiz no Instagram, à autora por ter me mandado seu livro, que é lindo, tem 336 páginas e é ótimo de ler, principalmente para quem gosta de romance.

 

O livro é dividido em capítulos que situam muito bem o leitor em toda a ficção. Isso facilita e deixa a leitura mais prazerosa. A obra gira em torno de dois personagens: Ian e Yasmim. O que posso dizer sobre esses dois é que existe mais do que uma paixão. É um amor para além daquilo que você possa imaginar. Os dois se encontram pela primeira vez e seus vulcões internos entram em erupção. Nossa! Há diálogos interessantíssimos de muita sedução e de muitas palavras que não são ditas, mas que flutuam nas entrelinhas e isso deixa a estória cheia de brilho e picante. E toda hora dá vontade de pegar os dois e grudar um no outro, mas ambos personagens precisam resolver algumas questões consigo mesmos, para depois buscar chegarem a um consenso que pode ou não ser atingido. (Vá ler o livro, ô... kkk)

Dedicatória para mim ;)
 

 

A autora, na minha concepção, mostra as dificuldades de um homem se despir do véu da futilidade e da máscara social que carrega para poder se permitir a amar. Mais velho que Yasmim, Ian jamais imaginou que alguém fosse mexer tanto com ele. Mexeu. Desestruturou-o. Arrebatou-o. Ian, na estória, mostra-se um homem que vive à margem do sentimento, esquiva-se do sentir para viajar pelo superficial e se emaranhar nas redes dos casos e casos e mais casos com muitas mulheres. A capa que revestia era forte, mas uma hora ela teria que ficar de lado. Yasmim chegou e arrancou essa capa, mesmo que a contragosto do mascarado. Orgulho, razão, emoção, encontros, desencontros e muita resistência de ambos os lados norteiam o romance. Acho que é por aí que o livro anda, e anda num caminho que, pra mim, é de sucesso. Vale a pena ler.

 

Yasmim percebeu a sua verdadeira intenção. Aquele era o seu castigo.

Ian, de um jeito atroz, estava lhe dando uma lição, Ela se afastou dele

enquanto era fácil correr para os seus braços e agora, que era difícil

até respirar na sua presença, estava presa a ele. Aquilo que teria sido

 fácil e prazeroso no passado era, agora, um bosque de arestas e a cada

 passo que davam, em qualquer direção, um emaranhado de farpas os

aproximava ainda mais, as feridas eram inevitáveis mesmo

através das atitudes mais sublimes (pág 248, AMORA).

 

 

O trecho acima dá uma ideia do que são os encontros e desencontros de duas almas feitas para ficarem juntas, mas que o destino, antes de qualquer coisa, lutou para que eles pudessem sofrer para valorizar cada segundo de tudo.

 

Obrigado, mais uma vez, Alice, pelo carinhoso gesto de me mandar o livro. Sucesso!

 

 

 

Até! :)

 

 

 

 



 Contato com a autora? alice.canato@hotmail.com
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